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Reconhecida mundialmente como uma publicação relevante, esta quarta edição traz-nos informação atualizada dirigida ao dimensionamento e construção de pavimentos de betão.
Ao que importa à MGSI e seu departamento técnico, a 4ª edição deste guia vem trazer novas metodologias para o cálculo de lajes reforçadas com fibras metálicas e novos conselhos sobre o uso de juntas em pavimentos de betão.
No que toca a juntas, mais uma vez se confirma o desaconselhamento total do uso de juntas com sistema de transmissão de cargas contínuas (ponto 6.5.2), as chamadas juntas em ómega, devido aos problemas de rotura do betão que têm vindo a acontecer nos pavimentos executados com este sistema.
Outra consideração importante é o facto do desaconselhamento de juntas serradas em pavimentos reforçados com fibras metálicas (ponto 7.1) a menos que exista meios adequados de transmissão de carga. As juntas serradas em pavimentos reforçados com fibras metálicas, sem dispositivo adequado de transmissão de carga, correm o risco de abrir o suficiente para que a laje perca a sua capacidade de suporte e fique a funcionar como um bordo livre. Nesta situação limite a laje tem deformações significantes o que leva ao fendilhamento e danos nas arestas da junta.
Dado que laboratorialmente se verificou que a rotura do betão ocorria a cargas inferiores às calculadas de acordo com a versão anterior da TR34, a 4ª versão possui novas informações que devem ser consideradas no cálculo da resistência do punçoamento.
Fica assente no ponto 6.5.4 que não se pode ter em consideração a melhoria dada pelas fibras na resistência ao punçoamento. O cálculo da resistência ao punçoamento é portanto apenas efetuado considerando o betão simples o que leva aos fabricantes de juntas com sistemas de transmissão de cargas a reformular as fichas técnicas dos seus produtos.
Dado que o betão irá sempre retrair, não é possível dispensar completamente o uso de juntas. No entanto, de forma a evitar os problemas associados às juntas serradas, pode-se betonar áreas separadas por juntas a cada 35m. Este método de construção está geralmente associado ao uso de fibras metálicas embora uma combinação de malha com fibras possa ser utilizado. Neste caso, considerando uma abertura de fendas na ordem de 0.5mm/m, deve-se acautelar uma junta que possua suficiente transmissão de carga para valores de abertura de 18mm. A TR34 4ª edição indica alguns pontos que devem ser respeitados de forma a minimizar a fissuração (ponto 11.1):
Juntas entre painéis de laje adjacentes devem ser corretamente executadas de forma a assegurar uma transferência de carga efetiva limitando assim as deformações diferenciais entre painéis. No caso de não se assegurar esta transferência irão existir patologias associadas aos impactos dos veículos rodados sobre as arestas das lajes.
No caso de lajes suportadas pelo solo, o número de chapas de transmissão efetivas é calculado como 0.9l para cada lado da carga aplicada, sendo l o raio de rigidez relativa calculado de acordo com o ponto 7.5 da TR34 4ª edição
Não é possível uma transmissão de carga superior a 50%. A chapa imediatamente abaixo do carregamento assume o maior valor de carga sendo que este valor diminui linearmente para as restantes chapas. Se existir uma segunda carga que esteja a uma distância inferior a 0.9L deve ser considerada a sobreposição de tensões.
O módulo de rigidez da camada de sub-base tem extrema influência no valor de L, sendo que quanto maior este for menor será L, logo menos chapas de transmissão irão suportar a carga.
Esta publicação é o resultado de uma revisão completa de todos os aspetos de projeto e construção de pisos por uma equipa multidisciplinar de engenheiros, empreiteiros, especialistas em materiais e utilizadores.